domingo, 23 de janeiro de 2011

Milton Nascimento - San Vicente

Magnífica!!!!






Coração americano 
Acordei de um sonho estranho 
Um gosto de vidro e corte 
Ums abor de chocolate 
No corpo e na cidade 
Com sabor de vida e morte 
Coração americano, com sabor de vidro e corte 
A espera na fila é imensa 
E o corpo negro se esqueceu 
Estava em San Vicente 
A cidade e suas luzes 
Estava em San Vicente 
As mulheres e os homens 
Coração americano com sabor de vidro e corte 
As horas não se contavam 
E o que era negro anoiteceu 
Enquanto se esperava 
Eu estava em San Vicente 
Enquanto acontecia 
Eu estava em San Vicente 
Coração americano com sabor de vidro e corte 

sábado, 1 de janeiro de 2011

A Piada Mortal - se o Coringa fosse seminarista

    


    Um seminarista do SPS, sou eu. S.P.S é a sigla para Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas.

    Férias no Seminário significa pausa para reflexão ou licença poética para desvio, sim, poética... descobri que desvio de seminarista é poético, ou ganha contorno de piada, no caso de nós brasileiros, que riríamos até se nossas pernas fossem amputadas (eu não sou inimigo do humor, diga-se de passagem eu o uso aqui no Blog).

    Pausa para reflexão sobre o ano que se passou, contabilizar os frutos daquilo em que investimos nosso tempo, ou se valeu a pena investir tempo "naquilo", sendo "aquilo" nossas prioridades. Isto deveria ser feito regularmente ao longo de 2010. Mas às vezes graça a incompetência de usar algumas horas por semana nisso, então inventa-se uma utilidade para os meses de férias: "é para repensar" - diz-se. Bem, antes nas férias anuais do que no final das décadas de vida, não é? 

    Já a nocividade de uma licença poética ou piada acontecem quando seminarista mete na cabeça de que pode transformar pecado em rima ou anedota. Sim, seminarista também é gente, e gente peca. Gente-crente peca, se arrepende, se levanta e segue na graça de Cristo. Gente-seminarista pode ter pretensões de Bayron ou Costinha. Brasileiros, é verdade, muito mais para o Costinha. Sabemos que poesias e anedotas, num contexto pragmático como o nosso, por uma opinião bem geral, tem algo em comum: não são levados a sério. Para muitas pessoas ser poeta e ocioso é a mesma coisa e levar uma piada a sério tira a razão de ser da própria piada. É uma espécie de relaxamento aliviador:


    - Ei, você soube da ovelha do pastor ciclano que engravidou? Tem um pessoal orando por isso, situação muito difícil!
    -Soube! Mais uma ovelhinha com aquela lã nenhum santo aguenta, não é amigão!
    - He, he, é verdade! Lã de primeira, hein, hehehe...


   O poético é que eu nunca observei Jesus compondo "batatinha quando nasce" ou contando "aquela do pastor que engravidou a ovelha". Muito pelo contrário, quando poesia e ironia (uma ferramenta do humor) aparecem na Bíblia, nós levamos muito à sério! O interessante é que ela de forma alguma alivia, mas ressalta e dá contornos fortes, é só ver os trocadilhos de Jesus em relação aos fariseus, ou mesmo o apelido-profético que botou em Pedro (quando a questão é tratar o pecado ou ensinar algo).

    Espero que os meses de férias nos levem a observar nossas vidas espirituais seriamente e não como se todas as nossas incoerências se resolvessem aliviando o peso delas com a visão de irrelevância dadas por vezes à poesia e às piadas. Procuremos imitar a poesia e humor da vida de Jesus...




    

    

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

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